terça-feira, 5 de novembro de 2013

Cinta pós-parto x Ginástica Hipopressiva


Usar ou não usar cinta pós-parto, eis a questão. Esse é um tema polêmico que gera muitas divergências. Há quem defenda o uso da cinta dizendo que ajuda a barriga a voltar mais rápido, que ajuda na recuperação e tal mas há quem a recrimine por deixar a musculatura preguiçosa. Vamos entender o que acontece com o nosso organismo então?
Logo que o bebê nasce, a musculatura do abdômen fica flácida, os órgãos internos estão se reajustando, o útero está voltando ao tamanho normal e parece tentador o uso da cinta para “ajeitar” tudo no lugar. Acontece que a cinta nesse caso acaba atrapalhando, te aperta, fica desajeitada, sente falta de ar, e acaba servindo somente como uma “muleta” pois não trabalha efetivamente a sua musculatura. Uma das opções para o corpo, e o abdômen voltarem ao tamanho normal, é amamentar. Durante a mamada produzimos ocitocina, que por sua vez, é responsável para contração uterina, você vai sentir o útero contraindo enquanto amamenta. A amamentação ainda ajuda na perda de peso.
A cinta traz também uma vantagem estética para as mulheres preocupadas com sua forma após a gravidez, proporcionando uma redução momentânea do abdômen. Não se deve, contudo, acreditar que a peça ajudará a diminuir a barriga a longo prazo.
"O mito em relação à cinta é que, usando ela, a barriga vai voltar mais rapidamente ao lugar. Ela tem seu tempo para voltar ao normal, o organismo vai se adaptando à ausência da gravidez, e a barriga some", afirma Marco Capel, da Pro Matre.
Segundo Corintio Mariani, o uso do acessório pode até atrapalhar esse processo natural. "Ao comprimir os músculos da região abdominal, a cinta impede que eles trabalhem de modo fisiológico para eliminar a flacidez, decorrente da distensão a que foram submetidos durante a gravidez, e assim recuperem o tônus anterior", afirma o obstetra. Para ele, se o objetivo é recuperar a musculatura, é preferível que a mulher faça exercícios abdominais, quando for liberada para atividade física por seu médico.
Além disso, o uso da cinta de forma exagerada, aumentam as chances de edema abdominal, dor, falta de ar e até trombose.
Diante disso, há alguns exercícios chamados de "hipopressores" que ajudam com a musculatura dessa área logo após o parto. A ginástica combina uma série de exercícios da musculatura abdominal, pélvica e peitoral, produzindo um movimento dos músculos abdominais conhecido como manobra de aspiração diafragmática, que tem como objetivo puxar órgãos da pelve como a bexiga, o útero e os ovários para cima estimulando a musculatura do assoalho pélvico. Seu objetivo é reduzir a pressão intra-abdominal fortalecendo a musculatura interna do abdômen, além de fortalecer o períneo e reduzir a compressão dos discos invertebrais na região lombar.
Os resultados obtidos com a prática dos exercícios hipopressivos variam de pessoa para pessoa. Vai de cada um conseguir desenvolver o controle dos músculos e perceber a região. Ao contrário das tradicionais abdominais, a terapia com os exercícios hipopressivos exige essa percepção do corpo e uma concentração semelhante à prática dopilates e da ioga para que possa aliviar a tensão da região. Por isso, algumas pessoas encontram uma maior dificuldade que outras, que conseguem perceber os resultados no corpo logo nas primeiras semanas.



Como fazer a ginástica:



  1. Expire (solte o ar) e encolha a barriga, como se fosse encostar o umbigo nas costas. 
  2. Contraia todos os músculos abdominais. 
  3. Permaneça nessa posição por alguns segundos. 
  4. Respire normalmente, mas mantenha a barriga para dentro, com os músculos contraídos por mais alguns segundos. 
  5. Depois relaxe por cerca de 30 segundos e faça mais 5 séries de 15 segundos.
Veja também alguns vídeos que ensinam a técnica:















Nenhum comentário:

Postar um comentário