sábado, 6 de setembro de 2014

Como turbinar a imunidade dos pequenos



Chegou o tempo seco e com ele, as ites, viroses, problemas respiratórios e afins. O bom é saber que algumas atitudes podem colaborar para uma boa saúde dos pequenos.

Primeiramente, vamos falar um pouquinho sobre as crias daqui. Helena, 5 anos, é alérgica à proteína do leite de vaca. Como todo alérgico, a imunidade fica mais enfraquecida e devido à isso, desde que ela nasceu eu procuro alternativas para aumentar sua imunidade. Isaac nasceu com a mesma alergia, mas devido ao aprendizado que adquiri na época da Helena não sofre dos mesmos problemas que ela sofria na mesma idade, ou seja, até hj ainda não adoeceu, graças, rsrs. Embora a alergia devesse enfraquecer a imunidade, Helena tb não adoece com facilidade. O único problema é a alergia em si, que trouxe com ela uma rinite. Sendo assim, entrou em contato com o alérgeno, reagiu. Fora isso, nada mais, nem doenças provenientes de mudança do clima, nem doenças provenientes dos colegas da escola, nem quando adoecemos perto dela, nem nada. E quando isso ocorre, dura 1 dia rsrsrs.

A imunidade da criança é adquirida devido a um conjunto de fatores, ou seja, não é fazendo isso ou aquilo, usar uma fórmula mágica, que a criança vai se curar ou não vai adoecer. Ela vai sendo fortificada aos poucos, com um conjunto de fatores que colaboram para isso. Sendo assim, aí vai algumas dicas:



  1. Amamentação 

A amamentação traz muitas vantagens, tais como: evita mortes infantis, diarréias, infecção respiratória, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade, proporciona uma melhor nutrição para a criança, colabora para um efeito positivo na inteligência bem como proporciona uma melhor qualidade de vida.

O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses é importante para que se dê tempo ao organismo da criança para amadurecer, no todo, para receber qualquer alimento novo, evitando assim que o organismo responda negativamente com doenças corriqueiras ou alergias. O aparelho digestivo está diretamente ligado com a função imunológica, portanto, quanto mais maduro para receber novos alimentos, melhor.

Durante o primeiro ano de vida, o leite materno é o carro-chefe da alimentação infantil, ainda sendo mais importante do que a alimentação complementar. Como o próprio nome diz, a alimentação é COMPLEMENTAR, justamente para se complementar o leite materno que deveria continuar sendo oferecido em livre demanda.

No 2° ano de vida, o leite materno ainda fornece energia, proteína, ferro, vitamina A, ou seja, ainda vale por uma refeição, bem como continua a proteger a criança.

Amamente exclusivamente por 6 meses e mantenha a amamentação até pelo menos 2 anos. E caso tenha alguma dificuldade com o aleitamento, procure ajuda especializada, como bancos de leite humano, consultoras de amamentação ou profissionais de saúde ESPECIALIZADOS em aleitamento materno.




   2. Ensine bons hábitos alimentares

Incentive desde a introdução alimentar o consumo de frutas e verduras, fibras, proteínas, bem como evite açucar, frituras e industrializados. O paladar do bebê é virgem e aprende conforme formos ensinando e insistindo. Quaisquer desses alimentos industrializados, bem como açucar e afins, oferecidos na fase de introdução alimentar, acabam prejudicando na aceitação dos alimentos mais saudáveis. Eu vou mais além, evite até pelo menos 2 anos. A partir daí, a criança já se acostumou a uma dieta saudável e mesmo que acabe consumindo vez ou outra, continuando com os hábitos dentro de casa, ainda se mantém a preferência pelos alimentos saudáveis. Não ensine apenas com palavras, dê o exemplo e não substitua refeições. Existem alguns alimentos que colaboram para a imunidade, são eles:



  • Alho


Possui uma ação antibacteriana e é muito efetivo na prevenção de doenças em geral, bem como males cardiovasculares. Além disso, é um excelente diurético e colabora para a eliminação de líquidos e toxinas no organismo. É excelente para a digestão e previne problemas estomacais e intestinais. Além de tudo, ainda é um antibiótico natural, anti fungicida e anti viral.

Acrescente alho nas refeições, mas o inclua por último. Quanto mais cru, mais eficaz.

  • Cebola

A cebola potencializa a função imune e evita doenças virais e alérgicas. É como o alho, quanto mais crua melhor. Ela é anticancerígena, purificadora do sangue e aumenta as defesas do nosso organismo. Além de ser fonte de selênio, que funciona como antioxidante, protegendo as células contra possíveis agressões. O chá de cebola usado para a inalação é eficaz para o descongestionamento nasal.

  • Gengibre

Além de ser outro antibiótico natural, ele melhora a absorção e assimilação dos nutrientes essenciais. Uma dica é colocar um pedaço de gengibre dentro do arroz. Ele também regula o apetite e é eficaz no tratamento de inflamações de garganta e congestão nasal.

  • Quinoa


Possui aminoácidos como a metionina e a lisina, importantes para o sistema imunológico, crescimento ósseo, formação de colágeno, desintoxicação e várias outras funções, que são deficientes em dietas sem carne e ovos, essenciais para o desenvolvimento da memória e aprendizagem. Também possui triptofano, aminoácido percussor da serotonina, importante para a regulação do humor, e que estimula a produção de GH, ou seja, é um excelente aliado ao crescimento das crianças!
Conta ainda com bastante vitaminas, é rico em ferro, magnésio e outros minerais.


  • Inhame


Na alimentação das crianças ele pode e deve ser incluído desde cedo. São encontrados nele diversos nutrientes e vitaminas importantes para o desenvolvimento dos pequenos, em especial a vitamina B1, importante no crescimento das crianças, e a vitamina B5, que reforça o sistema imunológico.

Além disso, é eficaz na prevenção de doenças como: dengue, malária e febre amarela e atua limpando nosso sangue, fortalecendo o sistema de defesa do nosso organismo.

  • Alimentos ricos em vitamina C


A vitamina C aumenta a produção das células de defesa, que tem efeito direto sobre as bactérias e vírus aumentando assim a sua a resistência a infecções. Suas propriedades antioxidantes podem combater e prevenir os sintomas da diabetes, causado por um aumento no estresse oxidativo. E ainda, fortalece os ossos, dentes e gengivas, melhora a visão e nos ajuda a evitar a depressão.


  • Ômega 3


O principal benefício do ômega 3 é a sua propriedade anti-inflamatória. Os benefícios do ômega 3 estendem-se para a redução do risco de desenvolver diversas doenças, incluindo:• Diabetes;
• Acidente vascular cerebral (derrame);
• Artrite reumatóide;
• Asma;
• Síndromes inflamatórias intestinais (colites);
• Alguns tipos de câncer;
• Declínio mental.


   3. Aromaterapia

Aromaterapia é a ciência que cuida tanto dos aspectos físicos quanto emocionais por meio de óleos essenciais e vegetais puros. Alguns óleos essenciais são ótimos para prevenir e curar problemas decorrentes da infância. Bebês e crianças adoram cheiros. É como eles reconhecem o mundo em volta deles, sendo o primeiro cheiro a reconhecerem, o da mãe. Se forem bem administrados, os óleos essenciais vão se mostrar muito eficazes no trato com os bebês e crianças. 

Aqui segue um artigo com dicas de aromaterapia para os pequenos: http://claramanik.wordpress.com/?s=aromaterapia


Para o aumento da imunidade, utilizo uma sinergia à base de tea tree, lemongrass e alecrim:

Tea tree: Um dos maiores benefícios do óleo essencial de tea tree é seu efeito cicatrizante. Pode ser usado sobre picadas de insetos, brotoejas, micoses, fungos, dermatites, aftas, herpes, pé-de-atleta, verrugas, infecções vaginais, assaduras de bebês, entre outros. É ainda considerado imunoestimulante, antibiótico natural para doenças fúngicas, bacterianas e viróticas.

Lemongrass: É o óleo das crianças. É revigorante e relaxante além de estimular o afeto e o aconchego. Possui ainda, propriedade fungicida e bactericida.

Alecrim: Possui efeito positivo no cérebro e sistema nervoso. É utilizado no tratamento da bronquite, catarro, asma, sinusite, tosse convulsa, acne, eczema e dermatite.

Receita de sinergia para aumentar a imunidade:

50 ml de álcool de cereais

50 ml de água filtrada

4 gotas de óleo essencial de tea tree

4 gotas de óleo essencial de lemongrass

2 gotas de óleo essencial de alecrim

Coloque em um recipiente com spray e borrife todos os dias no ambiente em que a criança fica ou em um colar aromático.


Outra dica é pingar óleos puros no chão do box durante o banho ou na banheira do bebê. No chão do box, pingue 4 gotas de óleo, na banheira, 2 gotas.

   
   4. Banho de sol

Recomenda-se que os bebês tomem banho de sol por 5 a 10 minutos nos primeiros 15 dias de vida. Com o tempo, vai-se aumentando esse tempo gradativamente até atingir uns 15 a 20 minutos diários. Além de colaborar para a imunidade, o banho de sol ajuda a regular o relógio biológico da criança e principalmente, ajuda o organismo a ativar a vitamina D, evitando o raquitismo.


   5. Deixe a criança explorar o mundo à sua volta

O ideal é manter os cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, antes das refeições, escovar os dentes, manter a casa sempre limpa, além higienizar os utensílios e roupas da criança - mas sem paranoia!

O excesso de higiene inibe a produção e a ação de anticorpos do nosso organismo. A imunidade é construída na infância, a partir de estímulos externos e reações internas do organismo e que, quando esta relação de dependência é afetada de alguma maneira, não produzimos anticorpos suficientes para combater a doença e chegamos a vida adulta com mais chances de desenvolver quadros graves de alergias e baixa resistência.

Passeios no parque, andar descalço na areia, se sujar, são atividades naturais e necessárias aos pequenos, e privá-los pode ser prejudicial no futuro.


   6. Não demonize friagem

Esse é o mais difícil, devido à cultura enraizada dos antigos, que acreditam piamente que a friagem é a culpada por gerar doenças. Se fosse verdade, como viveriam as pessoas que moram em lugares frios, de baixa umidade e que até nevam? Doenças são causadas por vírus, fungos e bactérias e não por beber gelado, pegar friagem ou vento no rosto. Um texto muito bom do dr. Drauzio Varela explica um pouco desse mito: "Olha esse vento nas costas, menino!"

O dr. Wilson Rocha (pediatra pneumologista) ainda completa: "Ao contrário do que muitos pensam, andar descalço, dormir de cabelo molhado, tomar sorvete e outros gelados, abrir geladeira, pegar chuva, sereno ou vento não predispõe a infecções respiratórias. Quando venta não está ventando vírus, quando chove não está chovendo doença e quando se pisa no chão descalço a infecção não sobe pelo pé feito lagartixa. Criança abaixo de 5 anos de idade tem em media 10 resfriados por ano, sendo que algumas podem ter até 15 viroses por ano. Isto é ainda mais frequente em crianças que freqüentam creches ou aquelas que têm irmão mais velho em atividade escolar. Isto é NORMAL! Não se trata de falta de cuidado, baixa resistência ou fraqueza do organismo. Crianças pequenas trocam de vírus igual trocam de figurinha. É por isto que as escolas são um verdadeiro zoológico, um almoxarifado de vírus. Do mesmo jeito que crianças recebem vírus elas também transmitem o vírus para os outros." Leia mais sobre as doenças do inverno.

Privando a criança de pegar um vento, andar descalça, tomar um banho de chuva, beber gelado, só a ensinará a ficar sensível ao frio, adoecendo cada vez que entrar em contato com alguma dessas atividades.

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