domingo, 5 de fevereiro de 2017

Alergia à proteína do leite de vaca x Intolerância à lactose x Galactossemia


Primeiramente, repitam comigo: NÃO EXISTE ALERGIA À LACTOSE, NÃO EXISTE ALERGIA À LACTOSE, NÃO EXISTE ALERGIA À LACTOSE. Agora voltemos à programação normal.

Por que repetir a frase acima? Porque é uma das principais dúvidas e dos principais problemas que acabamos enfrentando como pais de alérgicos. Ao se falar que a criança é alérgica a leite, a primeira coisa que as pessoas lembram é da lactose. Já passei por várias situações chatas em que os familiares ou amigos fazem ou compram algo sem lactose achando que seus filhos poderão comer e já escutei, inclusive de médicos, que era só tirar a lactose dos alimentos. 
A lactose, nada mais é do que o açúcar presente no leite e não causa alergia, mas sim uma intolerância em que a gravidade depende do organismo de cada pessoa. É causada pela diminuição ou ausência da lactase: enzima responsável pela digestão da lactose. Na intolerância, é possível que a pessoa ainda tolere pequenas quantidades, na alergia não. Na alergia não existe “só um pouquinho”. Um pedacinho ou o inteiro causa a mesma reação. Vamos falar um pouco sobre cada uma:


Alergia à proteína do leite de vaca
A alergia ao leite de vaca, também conhecida como APLV, é causada pela intolerância às PROTEÍNAS do leite. Ou seja, a alergia é das proteínas e não do açúcar, da lactose. A alergia é uma reação anormal do sistema imunológico às proteínas dos alimentos. Quanto ao leite de vaca, suas principais proteínas são: caseína, alfa-lactoalbumina e beta lactoglobulina. Aí vai um alerta na hora de ler os rótulos pois nem sempre o leite vem escrito conforme conhecemos mas sim com o nome das proteínas.
A alergia à proteína do leite de vaca é mais comum em bebês, pela imaturidade do sistema digestivo e bem rara em adultos. Alguns raríssimos casos chegam à vida adulta, geralmente quando não se fez a dieta restritiva adequada na infância. Pode ter alguns ou vários sintomas que variam de problemas de pele, respiratórios, intestinais, como: inchaço e/ou irritação nos lábios e olhos, urticária, dermatite atópica, coriza, vômitos e diarreias, cólicas intensas, fezes com sangue ou muco, assaduras persistentes, intestino preso, corte ou dermatite atrás da orelha (esse é um clássico), tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar, irritabilidade, dificuldade em ganhar peso, anafilaxia e até um choque anafilático quando em sua forma mais grave. Podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados, de forma persistente ou repetitiva.
O bebê amamentado pode apresentar alergia a algum alimento que sua mãe tenha consumido. Os mais comuns são: leite de vaca, ovo, soja, oleaginosas, peixes e frutos do mar em geral. Nesse caso, não basta apenas cortar o alimento da alimentação do bebê, mas também da mãe.
Não se deve atribuir qualquer problema do bebê à alergia. Para que se confirme uma provável alergia, é recomendado que retire o alimento tanto da alimentação da mãe (em caso de bebê amamentado) quanto do bebê por pelo menos 15 dias e observar se há melhora. Mais na frente veremos sobre como proceder com esses testes.
A boa notícia é que com uma dieta restritiva adequada, a APLV tem cura. Por volta dos 3 anos da criança, o sistema imunológico já está mais forte e é nessa fase que costuma-se ter relatos de cura. Algumas crianças se curam mais cedo, outras um pouquinho mais tarde, depende do organismo de cada uma, da dieta e da gravidade da alergia.


Intolerância à lactose
A intolerância à lactose é causada pela incapacidade de digerir a lactose, o açúcar do leite, devido à falta ou diminuição da lactase, enzima responsável por essa digestão. É mais comum do que a alergia e mais frequente em crianças maiores, já desmamadas, e adultos. Enquanto a alergia tem cura, após dieta restritiva e melhora do sistema imunológico da criança, por volta dos 3 anos, a intolerância à lactose não; e é extremamente comum. Raros somos nós, adultos, que podemos tomar leite, tranquilos, sem sentir nenhum tipo de desconforto.
Enquanto que a alergia tem sintomas variados, os sintomas da intolerância à lactose são intestinais, como cólicas, gases, diarreia, distenção abdominal, etc. Esses sintomas podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão do leite de vaca.
A lactose do leite materno não tem nada a ver com o leite de vaca, assim como não tem nada a ver com o fato da mãe tomar ou não leite. A lactose do leite de vaca não se absorve, para que se passe pelo leite materno. Ela é consumida, digerida e destruída. Ainda que a mãe tome litros de leite de vaca, em seu sangue, não há uma única molécula de lactose. E esse é o problema da lactose, ou se tem a lactase necessária para que essas moléculas sejam destruídas, ou não se tem e aí vem a intolerância, que causa problemas gástricos e intestinais, mas jamais se absorve e muito menos passa para o leite materno. Ela fica ali, em excesso no organismo, causando desconforto e os devidos problemas.
A lactose do leite materno é produzida no próprio seio e é produzida independente da mãe tomar ou não leite de vaca. Ou seja, é algo produzido pelo corpo humano e próprio para o bebê humano. É muito comum vermos médicos, enfermeiras e afins contraindicando o aleitamento materno alegando que a mãe passa lactose para o bebê causando alergia. CUIDADO! Muito se confunde alergia com intolerância e lactose do leite materno com lactose do leite de vaca. Em nenhum caso, mesmo de alergia alimentar, se contraindica a amamentação. Pelo contrário, além da lactose do leite materno ser benéfica para o bebê, o leite materno possui propriedades restauradoras que auxiliam na cura da alergia alimentar, melhora do sistema imunológico e cicatrização do intestino, que acaba ficando bem debilitado.
Existe uma raríssima intolerância primária à lactose, que é diferente da intolerância secundária, em que não se contraindica o leite materno. É a galactossemia.



Galactossemia
A galactossemia é uma grave enfermidade congênita que afeta 1 em cada 50.000 recém-nascidos. Não tem nada a ver com a intolerância secundária, que é comum e não contraindica a amamentação. Só falarei sobre a galactossemia para que não se confunda, pois é uma enfermidade raríssima e grave em que faz-se necessário a eliminação total de galactose e consequentemente lactose da dieta do bebê. 
O bebê com galactossemia não pode consumir galactose/lactose de origem animal, nem mesmo o leite materno. É um dos raros casos em que se contraindica a amamentação. A eliminação total da galactose/lactose deve ser mantida até pelo menos os 3 anos da criança e a partir daí, algumas toleram algumas pequenas quantidades.
É importante adotar a dieta adequada o mais rápido possível pois a galactossemia pode causar catarata, icterícia, retardo mental, cirrose, baixo ganho de peso, vômitos, hipoglicemia, entre outros. A boa notícia é que é possível saber sobre a doença assim que o bebê nasce pois é detectada no teste do pezinho. Ela não é adquirida, se deu negativo, a criança não tem.
Espero que tenha ficado claro a diferença dos três principais tipos de “intolerância”. Não se deixem confundir, pois como já foi falado, apenas a galactossemia é contraindicação para o leite materno e ela é detectada no teste do pezinho. E relembrando: não existe alergia à lactose!




Referências bibliográficas:

Tormo, R. Alergia e intolerância a la proteína de la leche de vaca (Protocolo de la Asociación Española de Pediatria).www.aeped.es/protocolos/gastroentero/1.pdfPumberger W, Pomberger G, Geisser W, Proctocolitis in breast fed infants: a contribution to differential diagnosis of haematochezia in early childhood. Postgrad Med J 2001; 77: 252-4http://pmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/77/906/252Clyne PS, Kulczycki A. Human breast milk contains bovine IgG. Relationship to infant colic? Pediatrics 1991;87;439-444Iacono G, Cavataio F, Montalto G, Florena A, Tumminello M, Soresi M et al. Intolerance of cow´s milk and chronic constipation in children. N Engl J Med 1998;339: 1100-4 (Tradução de Fernanda Mainier)



Un regalo para toda la vida – Guia de lactancia materna, do Dr. Carlos González


http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br

sábado, 6 de setembro de 2014

Como turbinar a imunidade dos pequenos



Chegou o tempo seco e com ele, as ites, viroses, problemas respiratórios e afins. O bom é saber que algumas atitudes podem colaborar para uma boa saúde dos pequenos.

Primeiramente, vamos falar um pouquinho sobre as crias daqui. Helena, 5 anos, é alérgica à proteína do leite de vaca. Como todo alérgico, a imunidade fica mais enfraquecida e devido à isso, desde que ela nasceu eu procuro alternativas para aumentar sua imunidade. Isaac nasceu com a mesma alergia, mas devido ao aprendizado que adquiri na época da Helena não sofre dos mesmos problemas que ela sofria na mesma idade, ou seja, até hj ainda não adoeceu, graças, rsrs. Embora a alergia devesse enfraquecer a imunidade, Helena tb não adoece com facilidade. O único problema é a alergia em si, que trouxe com ela uma rinite. Sendo assim, entrou em contato com o alérgeno, reagiu. Fora isso, nada mais, nem doenças provenientes de mudança do clima, nem doenças provenientes dos colegas da escola, nem quando adoecemos perto dela, nem nada. E quando isso ocorre, dura 1 dia rsrsrs.

A imunidade da criança é adquirida devido a um conjunto de fatores, ou seja, não é fazendo isso ou aquilo, usar uma fórmula mágica, que a criança vai se curar ou não vai adoecer. Ela vai sendo fortificada aos poucos, com um conjunto de fatores que colaboram para isso. Sendo assim, aí vai algumas dicas:



  1. Amamentação 

A amamentação traz muitas vantagens, tais como: evita mortes infantis, diarréias, infecção respiratória, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade, proporciona uma melhor nutrição para a criança, colabora para um efeito positivo na inteligência bem como proporciona uma melhor qualidade de vida.

O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses é importante para que se dê tempo ao organismo da criança para amadurecer, no todo, para receber qualquer alimento novo, evitando assim que o organismo responda negativamente com doenças corriqueiras ou alergias. O aparelho digestivo está diretamente ligado com a função imunológica, portanto, quanto mais maduro para receber novos alimentos, melhor.

Durante o primeiro ano de vida, o leite materno é o carro-chefe da alimentação infantil, ainda sendo mais importante do que a alimentação complementar. Como o próprio nome diz, a alimentação é COMPLEMENTAR, justamente para se complementar o leite materno que deveria continuar sendo oferecido em livre demanda.

No 2° ano de vida, o leite materno ainda fornece energia, proteína, ferro, vitamina A, ou seja, ainda vale por uma refeição, bem como continua a proteger a criança.

Amamente exclusivamente por 6 meses e mantenha a amamentação até pelo menos 2 anos. E caso tenha alguma dificuldade com o aleitamento, procure ajuda especializada, como bancos de leite humano, consultoras de amamentação ou profissionais de saúde ESPECIALIZADOS em aleitamento materno.




   2. Ensine bons hábitos alimentares

Incentive desde a introdução alimentar o consumo de frutas e verduras, fibras, proteínas, bem como evite açucar, frituras e industrializados. O paladar do bebê é virgem e aprende conforme formos ensinando e insistindo. Quaisquer desses alimentos industrializados, bem como açucar e afins, oferecidos na fase de introdução alimentar, acabam prejudicando na aceitação dos alimentos mais saudáveis. Eu vou mais além, evite até pelo menos 2 anos. A partir daí, a criança já se acostumou a uma dieta saudável e mesmo que acabe consumindo vez ou outra, continuando com os hábitos dentro de casa, ainda se mantém a preferência pelos alimentos saudáveis. Não ensine apenas com palavras, dê o exemplo e não substitua refeições. Existem alguns alimentos que colaboram para a imunidade, são eles:



  • Alho


Possui uma ação antibacteriana e é muito efetivo na prevenção de doenças em geral, bem como males cardiovasculares. Além disso, é um excelente diurético e colabora para a eliminação de líquidos e toxinas no organismo. É excelente para a digestão e previne problemas estomacais e intestinais. Além de tudo, ainda é um antibiótico natural, anti fungicida e anti viral.

Acrescente alho nas refeições, mas o inclua por último. Quanto mais cru, mais eficaz.

  • Cebola

A cebola potencializa a função imune e evita doenças virais e alérgicas. É como o alho, quanto mais crua melhor. Ela é anticancerígena, purificadora do sangue e aumenta as defesas do nosso organismo. Além de ser fonte de selênio, que funciona como antioxidante, protegendo as células contra possíveis agressões. O chá de cebola usado para a inalação é eficaz para o descongestionamento nasal.

  • Gengibre

Além de ser outro antibiótico natural, ele melhora a absorção e assimilação dos nutrientes essenciais. Uma dica é colocar um pedaço de gengibre dentro do arroz. Ele também regula o apetite e é eficaz no tratamento de inflamações de garganta e congestão nasal.

  • Quinoa


Possui aminoácidos como a metionina e a lisina, importantes para o sistema imunológico, crescimento ósseo, formação de colágeno, desintoxicação e várias outras funções, que são deficientes em dietas sem carne e ovos, essenciais para o desenvolvimento da memória e aprendizagem. Também possui triptofano, aminoácido percussor da serotonina, importante para a regulação do humor, e que estimula a produção de GH, ou seja, é um excelente aliado ao crescimento das crianças!
Conta ainda com bastante vitaminas, é rico em ferro, magnésio e outros minerais.


  • Inhame


Na alimentação das crianças ele pode e deve ser incluído desde cedo. São encontrados nele diversos nutrientes e vitaminas importantes para o desenvolvimento dos pequenos, em especial a vitamina B1, importante no crescimento das crianças, e a vitamina B5, que reforça o sistema imunológico.

Além disso, é eficaz na prevenção de doenças como: dengue, malária e febre amarela e atua limpando nosso sangue, fortalecendo o sistema de defesa do nosso organismo.

  • Alimentos ricos em vitamina C


A vitamina C aumenta a produção das células de defesa, que tem efeito direto sobre as bactérias e vírus aumentando assim a sua a resistência a infecções. Suas propriedades antioxidantes podem combater e prevenir os sintomas da diabetes, causado por um aumento no estresse oxidativo. E ainda, fortalece os ossos, dentes e gengivas, melhora a visão e nos ajuda a evitar a depressão.


  • Ômega 3


O principal benefício do ômega 3 é a sua propriedade anti-inflamatória. Os benefícios do ômega 3 estendem-se para a redução do risco de desenvolver diversas doenças, incluindo:• Diabetes;
• Acidente vascular cerebral (derrame);
• Artrite reumatóide;
• Asma;
• Síndromes inflamatórias intestinais (colites);
• Alguns tipos de câncer;
• Declínio mental.


   3. Aromaterapia

Aromaterapia é a ciência que cuida tanto dos aspectos físicos quanto emocionais por meio de óleos essenciais e vegetais puros. Alguns óleos essenciais são ótimos para prevenir e curar problemas decorrentes da infância. Bebês e crianças adoram cheiros. É como eles reconhecem o mundo em volta deles, sendo o primeiro cheiro a reconhecerem, o da mãe. Se forem bem administrados, os óleos essenciais vão se mostrar muito eficazes no trato com os bebês e crianças. 

Aqui segue um artigo com dicas de aromaterapia para os pequenos: http://claramanik.wordpress.com/?s=aromaterapia


Para o aumento da imunidade, utilizo uma sinergia à base de tea tree, lemongrass e alecrim:

Tea tree: Um dos maiores benefícios do óleo essencial de tea tree é seu efeito cicatrizante. Pode ser usado sobre picadas de insetos, brotoejas, micoses, fungos, dermatites, aftas, herpes, pé-de-atleta, verrugas, infecções vaginais, assaduras de bebês, entre outros. É ainda considerado imunoestimulante, antibiótico natural para doenças fúngicas, bacterianas e viróticas.

Lemongrass: É o óleo das crianças. É revigorante e relaxante além de estimular o afeto e o aconchego. Possui ainda, propriedade fungicida e bactericida.

Alecrim: Possui efeito positivo no cérebro e sistema nervoso. É utilizado no tratamento da bronquite, catarro, asma, sinusite, tosse convulsa, acne, eczema e dermatite.

Receita de sinergia para aumentar a imunidade:

50 ml de álcool de cereais

50 ml de água filtrada

4 gotas de óleo essencial de tea tree

4 gotas de óleo essencial de lemongrass

2 gotas de óleo essencial de alecrim

Coloque em um recipiente com spray e borrife todos os dias no ambiente em que a criança fica ou em um colar aromático.


Outra dica é pingar óleos puros no chão do box durante o banho ou na banheira do bebê. No chão do box, pingue 4 gotas de óleo, na banheira, 2 gotas.

   
   4. Banho de sol

Recomenda-se que os bebês tomem banho de sol por 5 a 10 minutos nos primeiros 15 dias de vida. Com o tempo, vai-se aumentando esse tempo gradativamente até atingir uns 15 a 20 minutos diários. Além de colaborar para a imunidade, o banho de sol ajuda a regular o relógio biológico da criança e principalmente, ajuda o organismo a ativar a vitamina D, evitando o raquitismo.


   5. Deixe a criança explorar o mundo à sua volta

O ideal é manter os cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, antes das refeições, escovar os dentes, manter a casa sempre limpa, além higienizar os utensílios e roupas da criança - mas sem paranoia!

O excesso de higiene inibe a produção e a ação de anticorpos do nosso organismo. A imunidade é construída na infância, a partir de estímulos externos e reações internas do organismo e que, quando esta relação de dependência é afetada de alguma maneira, não produzimos anticorpos suficientes para combater a doença e chegamos a vida adulta com mais chances de desenvolver quadros graves de alergias e baixa resistência.

Passeios no parque, andar descalço na areia, se sujar, são atividades naturais e necessárias aos pequenos, e privá-los pode ser prejudicial no futuro.


   6. Não demonize friagem

Esse é o mais difícil, devido à cultura enraizada dos antigos, que acreditam piamente que a friagem é a culpada por gerar doenças. Se fosse verdade, como viveriam as pessoas que moram em lugares frios, de baixa umidade e que até nevam? Doenças são causadas por vírus, fungos e bactérias e não por beber gelado, pegar friagem ou vento no rosto. Um texto muito bom do dr. Drauzio Varela explica um pouco desse mito: "Olha esse vento nas costas, menino!"

O dr. Wilson Rocha (pediatra pneumologista) ainda completa: "Ao contrário do que muitos pensam, andar descalço, dormir de cabelo molhado, tomar sorvete e outros gelados, abrir geladeira, pegar chuva, sereno ou vento não predispõe a infecções respiratórias. Quando venta não está ventando vírus, quando chove não está chovendo doença e quando se pisa no chão descalço a infecção não sobe pelo pé feito lagartixa. Criança abaixo de 5 anos de idade tem em media 10 resfriados por ano, sendo que algumas podem ter até 15 viroses por ano. Isto é ainda mais frequente em crianças que freqüentam creches ou aquelas que têm irmão mais velho em atividade escolar. Isto é NORMAL! Não se trata de falta de cuidado, baixa resistência ou fraqueza do organismo. Crianças pequenas trocam de vírus igual trocam de figurinha. É por isto que as escolas são um verdadeiro zoológico, um almoxarifado de vírus. Do mesmo jeito que crianças recebem vírus elas também transmitem o vírus para os outros." Leia mais sobre as doenças do inverno.

Privando a criança de pegar um vento, andar descalça, tomar um banho de chuva, beber gelado, só a ensinará a ficar sensível ao frio, adoecendo cada vez que entrar em contato com alguma dessas atividades.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Amamentação, nudez e denúncias

Está rolando uma campanha contra a censura às mães que postam fotos amamentando na net. Pois bem, vamos refletir um pouquinho sobre o assunto porque essa inversão de valores está foda! No país do carnaval, da globeleza que samba totalmente pelada em horário nobre, há quem se ofende com uma foto de mãe amamentando? Meio controverso né? Pode-se postar fotos de biquini, de vestido curto, shortinho, ou até pelada no carnaval, mas amamentando não pode? Postar fotos de crianças rebolando até o chão, vestidas como mini adultas ou nem vestidas, pode, mas amamentando não? E é por essas e outras que só se anda pra trás, pois julgar erótico ou pornográfico um gesto fisiológico, natural, só mostra o quão doente nossa sociedade está. Peito na TV pode, peito no carnaval pode, peito no dia a dia, num decote escandaloso, a qualquer hora e lugar pode, mas amamentando é feio, impróprio e pornográfico.

A amamentação é fonte de alimento, carinho, conforto. Nutre o corpo e a alma. E se você vê algum problema numa imagem como essas, procure ajuda, pois quem tem problemas é você. E aos que pedem para pelo menos tapar com um paninho, experimentem comer com um paninho na cara.

AMAmente e poste suas fotos com a hastag #mamaçovirtual e participe.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Pré-eclâmpsia, eclâmpsia, diabetes gestacional e a cirurgia desnecessária

Estava eu matutando por esses dias sobres os motivos absurdos que os médicos inventam para levar uma mãe à uma cirurgia desnecessária. Vamos começar raciocinando um pouquinho ok? Qualquer cirurgia que formos fazer, nos é solicitado uma bateria de exames para avaliar o risco cirúrgico. Caso a glicose e a pressão estiverem alteradas, por exemplo, não podemos ser operados e a cirurgia só é marcada para quando tudo se normaliza. Pois bem, por que raios, justo quando você está grávida, te empurram pra uma cirurgia alegando diabetes gestacional ou pressão alta, sendo que nesses casos a cirurgia é mais arriscada? Mas aí mãe e bebê sobrevivem e o médico é aplaudido pois supostamente ele "salvou" a vida de ambos né. Ao menos, essas mulheres sabiam que poderiam sim ter um PN e que só em alguns casos realmente é necessário intervir com a cirurgia? E o pior, na maioria dos casos, a mulher é levada à sala de cirurgia sem ter feito nenhum exame recentemente, sem avaliar qualquer risco. Como ele tem coragem de dizer que a cirurgia é menos arriscada? A questão não é só sobreviver, vai mais além. Afinal, de sobreviventes, o Brasil está cheio. E não é a toa que a OMS está em cima devido a quantidade de cirurgias terem passado de 20%.

A cesárea só é em indicada, MESMO, em raríssimos casos, são eles:

  • Placenta prévia centro total ou centro parcial 
  • Herpes ativo durante o trabalho de parto 
  • Apresentação córmica (situação fetal transversa mantida após tentativa de versão cefálica externa) 
  • AIDS doença ou situação imunológica desconhecida ou tratamento inadequado durante a gestação (carga viral para HIV > 1.000 cópias, dosagem no terceiro trimestre). 


E mesmo nessas situações, apenas a placenta prévia e a AIDS, são motivo para o agendamento da cirurgia. No restante dos casos, a cesariana só é indicada após o início do trabalho de parto. Bem como algumas situações intraparto também podem resultar na indicação de uma cesariana. Para saber mais, segue o link: http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html




Pré-eclâmpsia e eclâmpsia (pela dra. Melania Amorim)



Segue a diretriz da OMS para o tratamento de pré-eclâmpsia e eclâmpsia: http://whqlibdoc.who.int/publications/2011/9789241548335_eng.pdf



A hipertensão complica cerca de 10% de todas as gestações, e pode se apresentar como pré-eclâmpsia (ou, nos casos mais graves, eclâmpsia), hipertensão crônica, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta e hipertensão gestacional. De acordo com um consenso realizado em 2000 nos EUA (National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy), através de uma combinação de medicina baseada em evidências com a opinião de especialistas, a definição de pré-eclâmpsia é dada por hipertensão (pressão arterial sistólica maior ou



igual que 140mmHg e/ou diastólica maior ou igual que 90mmHg), que surge depois de 20 semanas de gravidez, associada com proteinúria (excreção de proteína na urina) > 300mg nas 24 horas. Esta é a classificação adotada atualmente no IMIP – Instituto Materno Infantil de Pernambuco em Recife (PE).



A presença de edema não faz mais parte dos critérios diagnósticos, porque não apresenta correlação com o prognóstico gestacional, visto que grávidas perfeitamente normais podem apresentar edema, mesmo edema generalizado. Exames como hemograma, uréia, creatinina, ácido úrico, contagem de plaquetas, testes de função hepática (transaminases) e bilirrubinas fazem parte da propedêutica complementar, mas não dos critérios diagnósticos. Estes exames servem para avaliar a gravidade da pré-eclâmpsia, mas o diagnóstico não depende de sua alteração.



A pré-eclâmpsia pode se sobrepor a uma hipertensão crônica pré-existente, quando então é dita pré-eclâmpsia superposta. Somente a pressão alta não permite o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Existe a hipertensão gestacional, em que surge a hipertensão no final da gravidez e que é transitória, não se associa com proteinúria, nem riscos maiores para a mãe e para o bebê. Nessa circunstância, recomenda-se tranqüilizar a gestante, realizar os exames para afastar pré-eclâmpsia, avaliar o bem-estar fetal, e pode-se aguardar o trabalho de parto espontâneo. A hipertensão gestacional não indica a cesariana, e habitualmente também não requer a antecipação do parto, exceto se os níveis tensionais estão muito elevados (por exemplo, 160x110mmHg ou mais).



A pré-eclâmpsia é associada com algumas complicações, como o risco de eclâmpsia (a crise convulsiva), síndrome HELLP (há comprometimento do fígado, das plaquetas e anemia), descolamento prematuro de placenta, alterações da vitalidade fetal e aumento da morbidade e mortalidade neonatal. Entretanto, NÃO constitui indicação de cesárea. A indicação de interromper a gravidez vai depender da idade gestacional, da gravidade da pré-eclâmpsia e da presença ou não de complicações. 



Antes de 34 semanas, e na ausência de complicações maternas ou fetais, é possível manter conduta conservadora nos casos de pré-eclâmpsia grave, para aguardar a maturidade fetal. Nesses casos, recomenda-se administrar corticóide (betametasona) para acelerar a maturação pulmonar do bebê. Drogas hipotensoras, como alfametildopa e bloqueadores dos canais de cálcio, são administradas para tentar controlar a pressão arterial. A partir de 34 semanas, em geral indica-se a interrupção da gravidez, que pode também ser necessária antes dessa idade gestacional, se surgirem complicações colocando em risco o bem-estar da gestante ou do bebê.



Entretanto, o parto vaginal é possível, e a cesárea será realizada somente se houver indicação específica e não pela pré-eclâmpsia per se. É claro que a chance de cesárea está aumentada, em virtude de algumas complicações (como o descolamento prematuro de placenta e alterações da vitalidade fetal, por exemplo) indicarem o parto imediato, porém em muitos casos pode ocorrer o parto normal, sem riscos para a mulher. O parto normal é preferível em diversas circunstâncias, porque os distúrbios da coagulação podem complicar a pré-eclâmpsia, e o risco de sangramento é, evidentemente, muito maior na cesariana em relação ao parto normal. Além disso, se houver redução acentuada da contagem de plaquetas (abaixo de 70.000/mm3), não pode ser feita anestesia regional (raquidiana ou peridural) e, na cesariana, a anestesia terá que ser geral, com maiores riscos.



Indução do parto também pode estar indicada em mulheres com pré-eclâmpsia, quando há a indicação de interrupção da gravidez, porém ainda não se desencadeou o trabalho de parto. Como o colo do útero pode não estar dilatado, utilizam-se geralmente comprimidos vaginais de misoprostol (um análogo das prostaglandinas). Deve-se monitorizar a freqüência cardíaca fetal e a contratilidade uterina. Em um trabalho recentemente realizado no IMIP, a taxa de partos normais após indução em mulheres com pré-eclâmpsia a termo foi de 74%. 



O sulfato de magnésio está indicado para prevenção da eclâmpsia, e evidências consistentes, incluindo uma revisão sistemática da Biblioteca Cochrane, indicam que a droga é efetiva para reduzir a incidência de eclâmpsia e a morte materna, sem efeitos prejudiciais para o concepto. É possível que, durante o trabalho de parto, como o sulfato de magnésio diminui as contrações uterinas, seja necessário o uso de ocitocina.



Nos casos de pré-eclâmpsia leve, não há indicação geralmente de antecipar o parto, podendo-se aguardar até 40 semanas, desde que os níveis tensionais estejam controlados, gestante e feto em boas condições. Entretanto, devem ser amiudadas as consultas pré-natais, visando a detectar uma possível evolução do quadro para pré-eclâmpsia grave. Dieta equilibrada, repouso relativo, períodos de descanso em decúbito lateral esquerdo, também são recomendados. O parto normal, espontâneo, é perfeitamente possível nesta situação. 



O ideal seria, realmente, prevenir, evitar a pré-eclâmpsia. Sabe-se que algumas mulheres têm maior risco: as que engravidam pela primeira vez, as hipertensas crônicas, as obesas e aquelas com história familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Quem já teve pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestação anterior também tem risco aumentado de desenvolver novamente a doença nas gestações seguintes. Estão envolvidos mecanismos genéticos, imunológicos, e uma série de mediadores bioquímicos, como prostaglandinas, endoperóxidos, radicais livres, citocinas... Todos estão relacionados ao processo de desenvolvimento da placenta, porque por algum motivo, genético-imunológico, ainda não completamente desvendado, não ocorre penetração adequada da placenta nas camadas do útero, e a unidade útero-placentária não é bem perfundida (oxigenada). Essa isquemia é que leva ao desencadeamento das alterações bioquímicas, que acabam por induzir hipertensão, proteinúria e efeitos diversos em vários órgãos e sistemas, incluindo rins, fígado, cérebro, coagulação sanguínea...



Infelizmente a prevenção ideal ainda não foi encontrada. Alguns estudos apontam que a suplementação de cálcio em populações com baixa ingestão pode prevenir a ocorrência de pré-eclâmpsia. Em mulheres com risco elevado, parece haver efeito benéfico o uso de aspirina em baixas doses, e recentemente tem sido proposta a suplementação das vitaminas C e E (estudos clínicos estão em andamento). Recomendações básicas são manter uma dieta equilibrada, tentar se enquadrar dentro dos limites normais de peso antes de engravidar e não ganhar peso excessivamente durante a gestação. 







Diabetes gestacional




É a intolerância à glicose, que ocorre em várias intensidades e pode ou não persistir após o parto. Embora não seja indicação absoluta para cesárea, tem-se essa indicação a torto e à direita por parte da maioria dos profissionais sem se preocupar com a análise individual de cada caso.



Uma dieta adequada à gestante, bem como a atividade física, deve fazer parte da estratégia de tratamento. Se mesmo com a dieta os níveis glicêmicos permanecerem elevados, recomenda-se iniciar tratamento com insulina. As necessidades insulínicas tendem a aumentar progressivamente durante a gravidez, um sinal clínico indireto de funcionamento placentário. Os antidiabéticos orais são contra-indicados.



O diagnóstico de diabetes gestacional não indica necessariamente a cesariana, que deve ser reservada aos casos de indicação obstétrica, como macrossomia ou sofrimento fetal, por exemplo.



Não existem estudos prospectivos demonstrando que a cesariana previna trauma fetal em gestantes com DG. A via de parto é obstétrica na dependência da vitalidade fetal e do escore cervical. Assim como não existe indicação de antecipação do parto antes das 40 semanas na DG controlada com dieta e com bom controle glicêmico. (Turok et al 2003, Conway 2007)


Em ambos os casos, diabetes ou eclâmpsia, as mulheres têm sim a opção do parto normal e só em último caso, há a necessidade da cirurgia. Mas a realidade obstétrica brasileira distorce essas indicações e nos impõe como opção apenas a cesariana. Basta olharmos em volta e procurar algum caso de conhecidas em que se ouviu falar em parto normal em alguma dessas situações. Continuemos nos informando e lutando para que a realidade da saúde brasileira mude e só assim será possível a mudança.










terça-feira, 8 de abril de 2014

Pão de "queijo" sem queijo

*Sem leite, soja, glúten

Mais uma receita pra quem tem restrição alimentar. Essa é uma réplica de pão de queijo, porém sem nada de leite.

Ingredientes:
3 batatas grandes ou 6 pequenas
1 xícara cheia de polvilho azedo
1 xícara cheia de polvilho doce
2 ovos
1 colher de sopa de azeite
sal a gosto

Preparo:

Cozinhe as batatas e passe no processador ou amasse-as bem,

Acrescente os ovos, o azeite e o sal a gosto e misture. Depois acrescente o polvilho e vá misturando com as mãos até formar uma massa homogênea que praticamente solta da mão.


Unte a fôrma com um fio de azeite e espalhe com a ajuda de um guardanapo. Depois é só fazer bolinhas ou palitinhos, a forma que preferir. Uso o azeite para molhar as mãos e a massa não grudar.


Coloque para assar por 15 minutos no forno à 250° e depois deixe mais 5 a 10 min em forno baixo para dourar. Ao ver que rachou e dourou está pronto e fica assim


Fácil e rápido de se fazer e fica super saboroso. Rende cerca de 30 bolinhas. Se não quiser assar td, pode ser congelado. Coloco em uma vasilha grande, pra ficarem separados e não grudar um no outro. Aí coloco um pedaço de plástico insufilm ou papel manteiga e coloco alguns, aí mais uma camada do plástico ou papel e mais alguns e assim por diante.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Bolo de chocolate (sem leite e sem glúten)


Que tal uma receita gostosa de lanche para alérgicos? Essa aqui é sem leite e sem glúten, nhami nhami.

Ingredientes:
8 ovos
7 xícaras de chocolate ou cacau em pó (uso o chocolate em pó da nestlé)
6 xícaras de açucar
7 colheres de sopa de óleo ou azeite
100g de côco ralado
1 colher de café de fermento em pó

Bata tudo no liquidificador, unte a fôrma com azeite e coloque para assar em forno a 200° por cerca de 25 a 30 min. Quem gosta mais molinho, fofinho é só ficar de olho e deixar menos tempo e quem gostar mais durinho deixa os 30 min. De qualquer forma ele é bem saboroso.

terça-feira, 25 de março de 2014

Tabela de sono dos bebês

Tempo total de sono para diversas idades..

Tempo total de sono para diversas idades.

Recém-nascido: 1 Semana
- Bebê dorme bastante, 15-18 horas/dia
- Geralmente em intervalos de 2-4 horas
- Não há padrão de sono

2 a 4 semanas
- Sem tabela de horários, permita que o bebê durma quando precisa
- Bebê provavelmente não dormirá por períodos longos à noite
- O maior período pode ser de 3-4 horas


5 a 8 semanas
- Bebê está mais interessado em brinquedos e objetos
- O maior período de sono começa a aparecer regularmente nas primeiras horas da noite
- O período mais longo é de 4-6 horas (menos se tem cólicas)
- O bebê "fácil" tem períodos mais regulares
- Ponha-o para dormir aos primeiros sinais de cansaço
- Ponha-o pra dormir: não mais que 2 horas acordado
- Após acordar pela manhã já está pronto para soneca somente 1 hora depois
- O bebê vai se distrair mais facilmente, então precisa de um lugar quieto pra dormir
- Crie uma rotina de atividades que acontecem antes de cada soneca e da hora de dormir à noite
- Sinais de extrema fadiga: irritável, puxa o próprio cabelo, bate na própria orelha

3 a 4 meses
- A necessidade é maior de um lugar calmo e quieto para dormir, pois o bebê se distrai mais facilmente
- Não deixar o bebê acordado por mais de 2 horas (alguns aguentam somente 1 hora)
- 6 semanas de vida é quando o período de sono mais longo deve ser preferencialmente à noite (não de dia)
- O maior período de sono é somente de 4-6 horas
- Comece a colocar o bebê para dormir antes dele começar a ficar irritado ou sonolento


4 a 8 meses
- O sono do bebê se torna mais como o do adulto, com período inicial de não-REM
- A maioria acorda entre 7 da manhã, mas geralmente entre 6-8.
- Se o bebê acordar antes das 6 é bom colocar para dormir após mamar e trocar a fralda
- Não é possível mudar a hora que o bebê acorda de manhã colocando-o para dormir mais tarde
- Comidas sólidas antes de dormir também não resultam em acordar mais tarde
- O período acordado de manhã deve ser de cerca de 2 horas para bebê de 4 meses e 3 horas para bebês de 8 meses
- Então a soneca da manhã é por volta das 9 horas para a maioria
- Tenha um período tranquilo e quieto, parte da rotina de dormir, com duração máxima de 30 minutos. Essa rotina deve começar 30 minutos ANTES do fim do período que o bebê fica acordado
- Um soneca só é restauradora se é de 1 hora ou mais, algumas vezes 40-45 minutos conta, mas 1 hora ou mais é o ideal
- Conte com outra soneca após 2-3 horas acordado
- Evite mini-sonecas no carro ou parque
- Não deixe o bebê tirar uma sonequinha para compensar uma soneca perdida
- Se o bebê tira a soneca quando deveria estar acordado, bagunça a rotina acordado/dormindo
- A Segunda soneca é geralmente entre meio-dia e 2 da tarde (antes das 3)
- Deve durar 1-2 horas
- Uma terceira soneca poderá ou não ocorrer, se ocorrer será entre 3-5 da tarde e geralmente bem rápida
- A terceira soneca desaparece por volta dos 9 meses de idade
- A hora de dormir ideal é entre 6-8 da noite, decida pelo quanto a criança está cansada
- Empregue uma rotina antes da cama com a mesma sequência de eventos toda noite, assim a criança começará a predizer o que vem a seguir, ou seja, o sono
- A criança poderá acordar de 4-6 horas depois para mamar, algumas estarão com fome mas outras vão dormir direto, depende do indivíduo
- Uma Segunda mamada poderá ocorrer por volta de 4-5 da madrugada.

9 a 12 meses
- A maioria dos bebês dessa idade realmente precisam de 2 sonecas/dia com duração total de 3 horas de sono
- Por o bebê pra dormir à noite mais cedo permitirá que ele durma até mais tarde de manhã (em alguns casos não )
- Rotina usual: acorda às 6-7 da manha, soneca da manhã 9:00, soneca da tarde 13:00 (antes das 15:00 pra não atrapalhar com o sono da noite), dormir à noite entre 18:00-20:00
- Se o bebê que dormia à noite toda começar a acordar, tente antecipar a hora de dormir gradualmente de 20-20 minutos.

12 a 21 meses (1 ano a 1 ano e 9 meses)
- Muda de 2 sonecas para 1 soneca/dia, total duração de sono 2 horas e meia
- Se a mudança para 1 soneca é difícil, tente por na cama mais cedo, a criança poderá tirar 2 sonecas num dia e 1 no outro até estabilizar

21 a 36 meses (1 e 9 meses a 3 anos)
- Maioria das crianças ainda precisam de uma soneca
- Em média a soneca é de 2 horas mas pode ser entre 1-3 horas
- Maioria das crianças dormem entre 7-9 da noite, acordam entre 6:30-8 da manhã
- Se a soneca não aconteceu, é preciso por na cama mais cedo ainda
- Se a criança não dorme bem durante a noite, não permitir que a criança tire a soneca pode ser problemático, causar extrema fadiga
- Se a criança acorda entre 5-6 da manhã, e está bem descansada, pode-se tentar encorajar mais sono com cortinas escuras
- Ir pra cama mais cedo pode resultar em acordar mais tarde de manhã (sono traz mais sono, na maioria dos casos)

3 a 6 anos
- A maioria ainda vai dormir entre 7-9 da noite, acorda entre 6:30 e 8 da manhã
- Aos 3 anos a maioria das crianças precisam de 1 soneca todos os dias
- Aos 4 anos, cerca de 50% das crianças tiram soneca 5 dias/semana
- Aos 5 anos de idade, cerca de 25% das crianças tiram soneca 4 dias/semana
- Aos 6 anos de idade as sonecas geralmente desaparecem
- Aos 3 e 4 anos a soneca dura 1-3 horas
- Aos 5 e 6 anos a soneca dura entre 1-2 horas

7 a 12 anos
- A maioria das crianças de 12 anos vão dormir entre 7:30 e 10 da noite, na média 9 da noite. A maioria dorme 9-12 horas/noite.
- Muitas crianças de 14-16 anos agora precisam de mais sono que quando eram pré-adolescentes para manter a atividade ótima e serem alertas durante o dia


Tradução: Andreia Mortensen

 (Baseada no livro 'Healthy Sleep Habits'' de Marc Weissbluth)

Retirado do grupo "Soluções para noites sem choro", disponível em: https://www.facebook.com/notes/solu%C3%A7%C3%B5es-para-noites-sem-choro/tabela-de-sono-dos-beb%C3%AAs/222824464408637